Trânsito e estacionamento no BEQ - a resposta da CMS

 Vizinhos e vizinhas

A CMS respondeu à nossa carta. Lamentavelmente não conseguimos (ainda) alcançar o nosso objetivo: que a decisão seja suspensa até que a CMS possa preparar uma intervenção integrada no Bairro.

A nossa proposta é insistir para que nos recebam ou, idealmente, venham visitar o BEQ para que lhes possamos mostrar os problemas e apresentar as propostas constantes do Livro de Ideias.

A CMS diz que efetuou as diligências necessárias para enquadrar uma intervenção global e coordenada com os SMAS para que as alterações do Bairro fossem realizadas antes da pavimentação das vias com melhoria dos passeios e aumento do espaço de faixa de rodagem para se poder estacionar em ambos os lados mantendo o espaço de circulação necessário. No entanto, dado o volume de trabalhos em causa não foi possível legalmente conseguir uma empreitada que realizasse esta intervenção antes da pavimentação dos SMAS.

Ou seja, daqui pode depreender-se que a CMS vê com bons olhos as nossas propostas, mas que... as burocracias não ajudaram. Propomos que se leia esta justificação com o devido sentido critico.

Na resposta, a CMS diz que a proíbição de estacionamento nas ruas de Cabo Verde, São Tomé e Guiné resultou de uma queixa de moradores que levou a Proteção Civil a pronunciar-se sobre a ilegalidade da ocorrência de estacionamento nestas vias, uma vez que impede o acesso e passagem dos veículos de emergência. De facto, a legislação em vigor indica como espaço de circulação mínimo 3,5 m e deste modo não nos restou outra solução que não impedir o estacionamento.

Esta preocupação não foi identificada no nosso trabalho conjunto. Lamentavelmente uma queixa ("de moradores") levou a esta tomada de posição por parte da CMS. É com muita pena que vemos que, apesar dos nossos esforços (reuniões, inquéritos online e em papel, comunicação no facebook e neste blog), existem ainda preocupações que não conseguimos identificar. Lamentamos também que os vizinhos tomem iniciativas individuais de tão grande impacto sem ser feito um esforço de partilhar com os restantes vizinhos. Note-se que, de modo algum e antes pelo contrário, somos contra a que cada um de nós faça chegar as suas preocupações e proposta a quem de direito. Só achamos é que juntos podemos ser mais fortes. Mas na verdade, se calhar até não.

Se os vizinhos que fizeram a reclamação quiserem partilhar conosco as suas preocupações, talvez seja mais fácil integrá-las no Livro de Ideias e discutir com a CMS.

A resposta da CMS pode ser encontrada aqui e aqui.

Gonçalo Cavalheiro

Rua de Cabo Verde